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'Fogo no Mar', de Gianfranco Rosi, aborda crise migratória

Por Redação Divirta-se
Atualização:
 Foto: Divulgação.

Em menos de três anos, o italiano Gianfranco Rosi fez história vencendo, com seus documentários, dois dos maiores festivais do mundo. Em setembro de 2013, ganhou Veneza com 'Sacro Gra'. Em fevereiro deste ano, Berlim, com Fogo no Mar. Um Leão de Ouro e um Urso de Ouro não representam pouco, até porque os júris quase nunca sabem o que fazer com documentários, preferindo premiar ficções. Em Berlim, e depois na entrevista que deu ao Estado, o diretor destacou a generosidade da população da ilha de Lampedusa, a meio caminho entre a África e a Sicília. "Como pescadores, aceitam o que o mar lhes dá."

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E o que o mar lança nas praias de Lampedusa são os imigrantes africanos que buscam uma vida melhor na Europa. Transportados em balsas superpopuladas, muitos morrem na travessia. Outros chegam mas não vão adiante. O filme é visto pelos olhos de um garoto da ilha.

O diretor Gianfranco Rosi tem ideias fortes. Acusa o norte-americano Michael Moore de ter matado o documentário. Diz que o gênero, e o público, não precisam de informação, mas de cinema, de poesia e emoção. Tudo isso, segundo Rosi, encontra-se na obra de Robert Flaherty, que, entre outros clássicos, fez 'Louisiana Story', vendo os problemas do petróleo pelos olhos de outro garoto.

'Fogo no Mar' estreia para ser um dos grandes filmes do ano. Lá pelas tantas, o menino precisa de óculos. E se for o mundo que precisa desse filme para ver/entender o drama dos imigrantes? Luiz Carlos Merten

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