PUBLICIDADE

EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Regalo de los mayas

Por Sonia Racy
Atualização:

 Foto: Paulo Giandalia/Estadão

Com a intenção de estreitar os laços com o México, a Oca recebe, a partir do dia 10, a exposição Mayas: revelação de um tempo sem fim.

PUBLICIDADE

São mais de 380 peças que saem pela primeira vez do país para contar parte dos 3 mil anos da civilização pré-colombiana. Ao lado do secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, Beatriz Paredes, embaixadora do México no Brasil, falou à coluna sobre as razões da mostra. E de seu coração dividido nesta Copa do Mundo.

As peças da exposição fazem parte de um acervo só?

Elas vêm de museus regionais do México, que ficam nas cercanias de sítios arqueológicos, e também do Instituto Nacional de Antropologia.

O que representa para o México trazer a mostra a SP?

Publicidade

Essa é a mostra arqueológica mais importante já feita em três mil anos de civilização maia. Trazê-la para cá, antes de qualquer outro país, é uma demonstração do respeito que temos pelo Brasil. Sabemos que os brasileiros apreciam a cultura mexicana e queremos iniciar um novo capítulo nas relações entre as duas nações.

A escolha da data, às vésperas da Copa, foi algo planejado?

Brasil é futebol, claro, mas não só. É também cultura. E quisemos juntar as duas coisas. Aliás, uma das peças mais bonitas da exposição é um aro usado pelos maias para o que se chamava "jogo de pelota", em honra aos deuses.

Por que o subtítulo "revelação de um tempo sem fim"?

Porque é a primeira vez que uma exposição traz a tradução perfeita dos hieróglifos do povo maia. Ao decifrarmos esses hieróglifos, descobrimos que a noção do tempo maia é um tempo sem fim. Os maias descobriram o zero, então desenvolveram uma noção de infinito.

Publicidade

A senhora vai torcer para quem na hora do jogo?

Ardentemente pelo México. Mas, como também sou compositora, vou fazer uma canção, especialmente para a hora da partida, chamada Coração Dividido (risos).

Qual o investimento para trazer a exposição?

Juca Ferreira: A Secretaria de Cultura colocou R$ 470 mil; a de Comunicação, R$ 2 milhões; via Lei Rouanet, R$ 4 milhões de patrocinadores; e pelo Proac, mais R$ 500 mil. O governo mexicano investiu no transporte e no seguro das peças. Graças a esse investimento, a entrada será gratuita.

Estão previstas exposições brasileiras no México?

Publicidade

Em 2015 haverá uma mostra do barroco brasileiro na Cidade do México.

Juca Ferreira: E estamos em conversa com o Museu Frida Kahlo. /DANIEL JAPIASSU

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.