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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Prisão de Cunha espalha tensão em Brasília

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Por Sonia Racy
Atualização:

Trocando mensagens, do avião que o trouxe de volta do Japão, Temer admitiu, a um interlocutor em Brasília, sua preocupação com a prisão de Eduardo Cunha - que o próprio presidente admitiu que já esperava.  No clima de apreensão geral com o que o ex-presidente da Câmara possa fazer - e dizer -, deputados mais próximos dele ficaram ontem à sombra. "E com a tensão estampada no rosto", relatou um integrante da executiva do PMDB.

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Desligar o celular foi providência praticamente unânime. Medindo o estrago Qual pode ser o tamanho do estrago para o partido? A melhor resposta a essa pergunta foi o comentário feito, à coluna, por esse dirigente. "É mais fácil perguntar em quem isso não vai respingar do que em quem vai". Vai ter punição? O ex-presidente da Câmara será punido pelo partido? "Ou ele sai ou o PMDB vai ter que se decidir o que fazer", ponderou a fonte à coluna. Mas lembrou que a sigla não tem tradição de punir ninguém. Em 1989, por exemplo, Felipe Cheidde e Mário Bouchardet perderam o mandato por excesso de faltas - mas a decisão foi da Mesa da Câmara. Depois, Ibsen Pinheiro foi cassado por uma CPI e Genebaldo Correia renunciou antes dessa punição.   Operação silêncio Não houve sinal - pelo menos até o início da noite - de comemoração na alta cúpula do PT, que passou meses acusando Cunha de ter "comandado o golpe contra Dilma".

Silêncio que, segundo a assessoria da ex-presidente, seria também seguido por ela.

 

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