EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Médicos da USP rebatem tese americana de risco da zika na Olimpíada

PUBLICIDADE

Por Sonia Racy
Atualização:

Dois pesquisadores brasileiros responderam, em carta à revista científica The Lancet, à advertência feita há dez dias por estudiosos americanos e dirigida à diretora da Organização Mundial da Saúde, Margareth Chan, na qual se recomendava o adiamento da Olimpíada do Rio de Janeiro por causa do risco representado pelo vírus da zika.

PUBLICIDADE

"Se você não estiver grávida e decidir evitar os Jogos Olímpicos por medo de contrair zika, pode encontrar um motivo melhor. Há muitos outros", afirmam dois médicos da Medicina da USP, Eduardo Massad e Francisco Coutinho, com apoio de uma estudiosa do assunto de Cingapura, Annelies Wilder-Smith.

A carta, divulgada nesta quinta-feira pela Fapesp em seu site, foi enviada na terça-feira e a revista ainda não a publicou. Em estudo estatístico sobre o tema, detalhado no texto, os pesquisadores calcularam que, no limite, a zika poderia afetar, durante a Olimpíada, algo em torno de 15 pessoas.

Outro lado

Uma brasileira que assinou o pedido americano - a professora Débora Diniz, da UnB, disse ver "com espanto" os cálculos dos dois médicos da USP. Segundo ela, a notificação compulsória dos casos de infecção pelo vírus só passou a existir em janeiro de 2016 no Brasil" e os números "precisam ser acompanhados do alerta da dúvida".

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.