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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Haja Naldecon

Por Sonia Racy
Atualização:

No começo da noite de ontem, antes de embarcar de Brasília para o Rio, Joaquim Levy disse a um interlocutor que "ainda não havia melhorado da gripe mas que ia levando". Foi ela e também "um problema de agenda", conforme declarou Nelson Barbosa, do Planejamento, os motivos oficiais para que o ministro da Fazenda se ausentasse da entrevista coletiva em que se anunciou o tamanho do corte do Orçamento.

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Seria até natural que Barbosa se encarregasse da tarefa de divulgar o número final se não tivesse sido tão visível e proeminente, nos últimos meses, a atuação de Levy na costura e borda de todo o processo. Ontem à tarde, o ministro da Fazenda já dizia que o assunto era "com o Planejamento, com o Barbosa".

A ausência de Levy na coletiva acabou roubando a cena e tirou dos holofotes o tamanho do facão do governo.

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As versões para o não comparecimento do ministro da Fazenda iam desde um "nada", como entendeu um operador de mercado mais preocupado com o péssimo resultado do Caged (o pior desde o início da série, em 1992), até a uma divergência entre Levy e Barbosa em relação ao número final de R$ 69,9 bilhões.

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Que, para um conhecido marqueteiro, não faz jus à seriedade da medida. "Parece loja de R$ 1,99..." Aliás, Dilma já teve uma em Porto Alegre.

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Aos fatos: Levy quis dar um recado ao não aparecer. Falta saber o que exatamente motivou sua indignação - afinal, ele defendeu corte de R$ 70 bilhões a R$ 80 bilhões, muito próximo ao anunciado.

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