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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Foliã na Pauliceia

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Por Sonia Racy
Atualização:
 

Alessandra Negrini será - pelo quarto ano - a rainha do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, que desfila amanhã pelas ruas do centro de São Paulo. O dia do evento é sagrado no calendário carnavalesco da atriz: "Não perco por nada, é a maior alegria". Alessandra acredita que o paulistano está aprendendo a se divertir na rua, "A cidade de São Paulo está mais humana, pelo menos sob o ponto de vista da ocupação pública", afirma à coluna. Confira abaixo os principais trechos da conversa com a atriz.

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Este é o quarto ano que você é rainha do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta. Se considera uma foliã de carteirinha? Amo o carnaval, mas não sou uma foliã de carteirinha. Mesmo adorando, muitas vezes estou trabalhando ou viajando. O único dia sagrado é o do bloco, isso não perco por nada. É a maior alegria, a maior beleza.

Já desfilou na Sapucaí? Uma vez desfilei de improviso na avenida. Foi legal, mas não me lembro muito.

Qual é a diferença em desfilar na avenida e em um bloco? O bloco é especial e tem a ver com São Paulo, tomar as ruas. Tem um lado de cidadania que é muito bacana. Quando começou, não tinha muito carnaval de rua na cidade e foi na transgressão, na raça, que invadimos a praça Roosevelt.

O Acadêmicos é considerado um "bloco de rua ativista" pelo fundador, Alexandre Yousseff,. Você sente que a cidade de São Paulo está mais tolerante com o carnaval de rua? O paulistano está aprendendo a se divertir nas ruas, finalmente. Não só no carnaval, tem o Minhocão, as ciclovias, as festas do centro e várias outras manifestações. A cidade está mais humana, pelo menos sob o ponto de vista da ocupação pública. O Brasil vive um momento social, econômico e político muito delicado. Como enxerga as manifestações que acontecera recentemente a favor do Movimento Passe Livre em SP? Sou a favor das manifestações, mas com inteligência, respeitando a lei. Para não dar chance para falarem mal e perder a razão. O que não dá pra tolerar é polícia batendo em estudante, isso não. /SOFIA PATSCH

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