Na urgência geral do combate ao mosquito Aedes aegypti, a Fapesp alterou suas rotinas na semana passada: adotou uma espécie de "fast track científico" e liberou recursos para os vários centros de pesquisa do Estado, para dar continuidade e agilidade aos trabalhos, antes mesmo de receber relatórios e pedidos. Hoje, sob comando do dr. Paolo Zanotto, que ajudou a implantar no Estado a Rede Zika, estão envolvidos com essa tarefa mais de 100 pesquisadores das universidades paulistas.
"Esse fast track rompe com o habitual nos últimos dez anos, que era esperar que esses centros de pesquisa definissem tarefas e quantificassem os valores necessários. Dadas as circunstâncias, nos antecipamos a essa operação para ganhar tempo", resume José Goldemberg, presidente da Fapesp.
O que vem sendo feito está certo? Para o professor e ex-ministro, "o que se faz basicamente, no momento, é combater o mosquito, e isso está indo relativamente bem". Mas ele pondera: "O que não está tão bem é a investigação, em si, da vacina, que é coisa, segundo se calcula, para os próximos três anos".