Empresários e banqueiros que fazem parte do novo Conselhão não voam hoje, para Brasília, exatamente entusiasmados. Desconfiados de que o encontro possa se restringir a um simples ''momento de comunicação" - como frisou um deles -, muitos aceitaram o convite feito pelo ministro Jaques Wagner, em nome de Dilma, "pagando para ver".
Os mais otimistas - poucos - acreditam porém que o governo vai, sim, aproveitar a chance e apontar novos caminhos.
Mas caso as medidas que devem ser anunciadas hoje não indiquem novo alento na economia, uma coisa é certa: vai ter grande baixa entre os 45 integrantes da iniciativa privada na próxima reunião do Conselhão.
Pagando 2
José Marcio Camargo, da PUC/Rio, conhecedor do sistema FGTS, não acredita que usar os recursos do fundo para garantir empréstimos consignados possa resultar em aquecimento da economia. "Vai ajudar os bancos a terem garantia sólida", ponderou ontem.
Mas essa medida pode sim ajudar, "presumindo que ela seja uma ação voluntária do trabalhador". Queda dos juros nas prestações? "Pequena."