Quem comprar a Eletrobrás terá que, por contrato, fazer aporte anual de R$ 250 milhões a R$ 350 milhões - durante toda vigência do prazo da concessão. A informação é de Wilson Ferreira, presidente da estatal, que se reuniu com Temer e ministros em Brasília, para definir o que era uma MP e se tornou projeto de lei.
A limitação de 10% das ações ordinárias para quem quer que seja - também foi muito debatida. No mercado pulverizado nos EUA, por exemplo, o limite é menor, de 5%, nas empresas privadas. "Chegaremos lá. Eles operam em um mercado de ações mais acostumado a este tipo de operação", explicou Ferreira ontem à coluna.
Ele enfatiza que a modelagem vai permitir grande pulverização das ações ordinárias e que o governo terá uma golden share - ações de classe especial presentes em estatais permitindo políticas estratégicas.
Rio São Francisco foi também debatido
Igualmente importante, Ferreira ressalta que o tema rio São Francisco foi mais uma vez debatido. "É absoluta prioridade do presidente", pondera o executivo que em 2016, depois de quatro anos consecutivos, conseguiu tirar a Eletrobrás do vermelho.
Só a cotização causou prejuízo de R$ 31 bi
Origem dos problemas? Segundo Ferreira, pesou muito a derrubada do preço de energia de R$ 100,00 mw/h para média de R$ 35,00 quando houve a "cotização" das empresas em 2011, determinada por Dilma. "Só isso causou prejuízo de R$ 31 bilhões", contabiliza.
Texto vai promover "descotização"
O projeto de lei vai promover uma "descotização".
"A diferença entre os dois sistemas é básica. Na cotização, você impacta a Eletrobrás. E neste desenho, quem assume o ônus hidrológico é o dono da hidrelétrica", pondera.
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