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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Como a cubana Mabel Poblet, que participa da SP-Arte, vê a abertura do mercado de seu país

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Por Sonia Racy
Atualização:

 Foto: Denise Andrade

A jovem artista cubana Mabel Poblet - que está chamando atenção do mercado de arte brasileiro com obras contemporâneas que remetem ao seu país natal - em dois dias de SP-Arte, já vendeu três trabalhos, a um preço médio de R$ 40 mil. Uma das queridinhas de Ella Cisneros, depois da feira ela vai expor seus trabalhos na nova Fundação Marcos Amaro, nos Jardins. Nesta entrevista à coluna, ela afirma que as visitas de Barack Obama e dos Rolling Stones foram "uma virada", também, para o futuro da arte em Cuba.

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O que vai mudar para os artistas cubanos com a abertura do mercado do país? A arte cubana tem visibilidade internacional desde os anos 1990. Acho que para nós, artistas, a abertura do mercado não é algo novo: nosso mercado sempre foi interessante para as instituições internacionais, que compram aqui para suas coleções permanentes. Nossos trabalhos refletem a história do país, algo que sempre fascinou amantes da arte que se sentem atraídos pela cultura cubana, com todas as suas excentricidades. Hoje, museus dos EUA e da Europa estão encorajando o intercâmbio com artistas de Cuba, convidando-os para exposições e divulgando nossa cultura.

Como você, pessoalmente, encara a Cuba de hoje? A história está mudando, as visitas do presidente Obama e dos grupos Major Lazer e Rolling Stones marcaram, na minha opinião, o ponto de virada nas condições internas do país e o futuro da nossa arte. Meu trabalho é condicionado, agora, ao que acontece ao meu redor. Cada criação é um reflexo, reflexão e análise do que está acontecendo.

Como artista, qual a sua opinião sobre a SP-Arte? Fiquei muito impressionada com a magnitude da feira. Conseguiram reunir grandes galerias e uma excelente gama de instituições locais. A cultura e a arte brasileiras sempre foram um paradigma a ser seguido pelos latino-americanos e cubanos, em especial.

Quantos trabalhos vendeu nestes primeiros três dias? Vendi três. Minha produção tem sido bem recebida no mercado brasileiro. Tenho algumas obras nas mãos de grandes colecionadores do País. /SOFIA PATSCH

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