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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Brilha, Paulinho

Por Sonia Racy
Atualização:

 Foto: Denise Andrade/Estadão

Paulinho não só voltará ao time titular da seleção, como fará dois gols na vitória por 3 a 1 contra a Colômbia, hoje, em Fortaleza. A projeção é de Érica Lima Nascimento, mãe do jogador - que embarcou ontem para o Ceará para acompanhar o confronto que vale vaga na semifinal da Copa.

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Coincidência ou não, a nova oportunidade a Paulinho - que ficou no banco de reservas na classificação contra o Chile - surge depois de ele ter assumido o papel de motivador da equipe antes da dramática disputa de pênaltis no Mineirão. No centro da roda formada pelos jogadores e pela comissão técnica, pediu a palavra e, aos brados, fez um discurso para lá de incentivador. O que ele falou, dona Érica também não sabe, mas diz ter certeza de que "ali teve o dedo de Deus". "Ele sempre foi assim. Na hora que mais precisa, está presente."

A família, reunida para assistir ao jogo, se deixou levar pela emoção. "Ficamos muito felizes com a reação dele." Acha que a atitude pesou na decisão de Felipão? "Não sei, isso é com o professor. Só sei que ele queria ajudar."

Apesar de jovem - completa 26 anos no dia 25 -, e de só ter "saído da barra da família há quatro anos", Paulinho não espantou a mãe com sua firmeza naquele momento de tensão. "Ele nunca foi deslumbrado, sempre teve os pés no chão. Nunca foi ligado com essa coisa de fama, de ter ídolos. Paulinho nunca deixou nada subir à cabeça." Mas não sem explicação: "Ele tem uma estrutura familiar muito boa por trás". Érica conta que sempre fez questão de alertar o filho: "Do mesmo jeito que subimos na vida, também descemos. Você pode ser o que for - pedreiro, sapateiro, costureira, um Abilio Diniz. Não muda em nada. Sem humildade, não se chega a lugar nenhum."

Marcos, o padrasto de Paulinho, vai além. Diz que o jogador também aprendeu muito nos campos. "Ele começou a jogar bola com 4 anos e passou, tecnicamente, por várias pessoas. Cada técnico tem a sua postura. Ele aprendeu que para ser um bom profissional teria que ter muita disciplina. Se não fosse assim, não teria chegado a lugar nenhum."

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Dona Érica espera que o filho, hoje no Tottenham, volte logo para o Brasil: "Por mais que a gente entenda que é o trabalho dele, a saudade é muita". /THAIS ARBEX

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