Cerca de 30 blocos - entre eles o Vai Quem Qué, Agora Vai, Filhos de Glande eBloco da Abolição -vão lançar amanhã (14) um manifesto contra as alterações feitas pela Prefeitura de São Paulo durante a organização do carnaval de rua neste ano.
De acordo com os organizadores dos grupos que assinam o documento, percursos foram alterados e vias proibidas pela primeira vez desde o boom do carnaval de rua em São Paulo. Além disso, a proibição da praça Roosevelt gerou o problema dos blocos da região central ficarem sem alternativa para dispersão.
Confira a íntegra do documento:
"Nós, blocos de carnaval, continuamos arrastados pelas ruas da história.
O Carnaval de 2017 chegou! Seguimos , Arrastão dos Blocos , defendendo a democracia
que nos permite festejar e ocupar as ruas.
Estamos preocupados! As mudanças políticas globais e locais trazem cinzas que nos alertam.
E, por isso, sempre iremos renascer na quarta-feira.
Desde tempos imemoriáveis , Carnaval é tempo de liberdade , de suspensão de tudo que nos oprime .
É prazer coletivo e público.
As tentativas autoritárias de enquadrar , restringir , proibir horários e locais , ruas e praças para os desfiles apenas escancaram , as fantasias de mau gosto de uma gestão que mal começou e já é mais marketing do que realidade.
Blocos de carnaval são filhos de comunidades e não serão enquadrados em "blocódromos " ou burocracias absurdas.
O poder público pode ajudar o carnaval dizendo quantos serão e onde estarão os banheiros químicos e as ambulâncias , articulando a limpeza e liberando as ruas.
Mas saibam: O carnaval nunca precisou do poder público para existir , festejar e colorir.
Dialogamos porque sabemos que juntos podemos fazer da nossa festa o maior carnaval de rua do mundo .
Mas se o diálogo virar intransigência , se quiserem controlar nossa festa , nós não iremos aceitar!
O Carnaval de Rua só pode ser livre! Resistimos por alegria e liberdade! "