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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Rainha da Suécia discute redução da desigualdade social no Brasil

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Por Sonia Racy
Atualização:

Rainha Silvia. FOTO CHRISTINA RUFATTO/ESTADÃO 

Com fala institucional e português fluente, a rainha Silvia, da Suécia, recebeu a coluna, ontem, no Tivoli Mofarrej. Hoje ela estará no Fórum Global da Criança, falando sobre como reduzir as desigualdades sociais que impactam a saúde, o bem-estar e a segurança de crianças no Brasil e na América do Sul.

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O Fórum - que acontece na Fiesp, em parceria com a Unicef e a Childhood - também conta com a participação de Marcela e Michel Temer. A rainha segue depois para Brasília, onde participa de um almoço, a convite do presidente, e aproveita para conhecer um centro voltado para crianças vítimas de violência.

Qual é o objetivo da visita da senhora e o que pretende apresentar hoje no Fórum?

Há alguns anos que eu e meu marido (o rei Carlos XVI Gustavo) fundamos esse fórum, na Suécia, justamente para falar sobre direitos da crianças. Nem todos levam esses direitos em seu coração. Depois, sentimos a necessidade de levar a discussão a outros países e agora o trouxemos pela primeira vez para a América do Sul, a fim de mostrar o que as empresas, sociedades e governos podem fazer pelas crianças.

Na visão da senhora, qual é o maior desafio no que diz respeito ao direito das crianças?

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A criança tem os seus direitos: de ser criança, de brincar, o direito ao seu próprio corpo. Mas pouco se fala sobre isso nas escolas, por exemplo. Se queremos um mundo feliz, temos que incluir as crianças. Fiquei muito satisfeita porque foi aprovada recentemente no Brasil uma lei que garante os direitos de crianças e adolescentes vítimas e testemunhas de violência. Com essa lei, todos terão que proteger as crianças durante depoimentos de violência. Foi um modelo que eu vi na Islândia e levei para a Suécia, com muito bom resultado.

A senhora já teve a chance de encontrar a primeira-dama Marcela Temer e falar sobre o programa Criança Feliz?

Infelizmente ainda não. Mas vou perguntar para ela.

A senhora tem uma sua mensagem para as famílias - em um país desigual como o Brasil - que nem sempre conseguem proteger direito os seus filhos?

O mais importante é o coração da mãe, que não quer só ajudar, mas proteger. E é preciso ter o engajamento das empresas. Por exemplo, na Suécia o tempo mínimo de licença maternidade, por lei, é de três meses para o pai e mãe. Então, acho que a empresa também tem que ajudar abrindo essas possibilidade.

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Como é visitar o Brasil?

Agora não é época de jabuticaba, mas achei que o Fórum era muito importante (risos)! E trouxe meu marido comigo, porque ele está muito interessado no direito das crianças. Naturalmente terei pouco tempo, mas verei minha família./ MARILIA NEUSTEIN

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