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Mais sobre a noitada do Prêmio Femsa

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Por Redação
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Na noite de segunda, a classe teatral voltada especificamente para o teatro infanto-juvenil ganhou uma das festas mais animadas do setor. O 17.º Prêmio Femsa, coordenado pela atriz e dramaturga Luiza Jorge, da Academia de Arte, distribuiu seus troféus aos melhores de 2009 em uma explosão de alto astral, graças sobretudo à direção cênica da cerimônia, a cargo do ator e dramaturgo Ângelo Brandini, que optou por deixar no palco, o tempo todo, a divertida Banda Escalafobética. Logo de cara, duas notícias que agradaram a classe, trasmitidas por Miguel Peirano, presidente da empresa, e por José Roberto Sadek, subsecretário municipal de cultura. A Femsa vai parar de descontar Imposto de Renda dos valores do prêmio: R$ 10 mil para as categorias de melhor espetáculo infantil e melhor peça jovem e R$ 5 mil para as demais. Esses valores passam a ser líquidos. A sala veio abaixo de contentamento. Outra boa novidade é a parceria da Femsa com a Secretaria Municipal de Cultura para duas iniciativas: espetáculos indicados ao prêmio do ano que vem serão exibidos no circuito dos CEUs e haverá mais uma mostra dos finalistas no Centro Cultural São Paulo. Depois, a festa seguiu com a primeira homenagem: à atriz e veterana produtora cultural Nydia Lícia, de 84 anos, que produziu peças de teatro infantil e jovem sobretudo nos anos 70.

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Na premiação, A Odisseia de Arlequino, da Cia. da Revista, que celebra a Commedia Dell'Arte, levou quatro troféus: melhor espetáculo infantil, direção, atriz e atriz coadvujante (leia todos os vencedores num post anterior deste blog. O diretor da peça, Kleber Montanheiro, comemorou: "Sem brincadeira, tenho em casa dez placas de indicado ao Femsa, não aguentava mais ser indicado e não levar o prêmio. Agora, levei - e deixei Meryl Streep para trás", brincou. Outro espetáculo também levou quatro prêmios, O Colecionador de Crepúsculos, de Vladimir Capella, importante resgate da obra de Câmara Cascudo. Ganhou como melhor espetáculo jovem, iluminação, ator coadjuvante e figurino. Amor e guerra. A melhor produção ficou para A Tragédia de Romeu e Julieta. O ator protagonista Raoni Carneiro declarou: "Não fizemos teatro jovem, nem infantil, nem adulto, apenas contamos uma grande história de amor num mundo de guerras".

Premiado como melhor ator, por O Mistério do Fundo do Pote (que também rendeu ao veteraro Ilo Krugli o troféu de autor de texto original), Rodrigo Mercadante comentou: "É difícil falar em protagonismo quando se trabalha com um diretor como Ilo, que nos ensina a liberdade." Um dos mais emocionados era Amauri Falseti, da Cia. Paideia, que venceu como autor de adaptação, por Com o Rei na Barriga. A melhor atriz, Veridiana Toledo, de A Odisseia de Arlequino, anunciou que está grávida e, agarrada ao seu troféu, tascou: "Nossa, amanhã vou acordar com um gás..."

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