A ideia de criar a seleção de sósias foi sua? Sim, eu criei a seleção no ano passado. Eu sou hipertenso. Vai que acontece alguma coisa comigo e eu não posso mais trabalhar como Pellè... Pelo menos eu vou ter a seleção para administrar. Além disso, em conjunto o trabalho aparece mais. A união sempre é um negócio muito interessante. Melhor do que cada um fazer um negócio ou outro, aqui e ali.
Como você encontrou pessoas parecidas com os outros jogadores? Nós trabalhamos juntos em 2006, no Show do Tom [programa da Record].
A turma é só parecida ou joga alguma coisa? Na verdade, nem tivemos tempo de treinar. Mas conseguimos um espaço no Parque São Jorge. Existe uma seleção brasileira de paraolímpicos, e o Corinthians ajuda com o espaço. Como eles vão para a Itália, vamos usar o espaço deles por um tempo, enquanto estiverem fora.
O jogo é de verdade ou é tudo ensaiado? É um jogo de exibição. A gente joga pra valer, mas sem valer nada. A ordem é nãocometer falta. O bordão da seleção é "paz nos estádios".
Para que time você torce? Eu nunca fui ligado em futebol, na verdade. Sou muito mais ligado em samba do que ao futebol. Fui a um estádio pela primeira vez na vida em 2007. Estou fazendo um curso para entender direito as regras. Bom, mas para que time eu torço? Eu sou pelezista, claro. Porque é o que me gera renda.
Qual foi a primeira pessoa que disse que você era parecido com o Pelé? Eu comecei a levar a sério essa história depois de uma viagem para a Disney em 1996. Americanos, japoneses, todos me paravam pra tirar foto. Diziam: "Pêle, Pêle, foto, foto!". Eu trabalhava como locutor. Até que, em 1997, perdi o emprego e entrei em depressão. Continuei fazendo alguns trabalhos como locutor até que, em 2002, resolvi assumir o Pellè.
Pellè é o nome que você adotou para seus trabalhos como sósia. Por que a mudança na grafia? O Pelé ficou bravo com a imitação? Não, é porque eu fazia locuções em festas italianas. Por isso, italianei o meu nome com dois eles.
Serviço:www.sosiadorei.com.br
(Com colaboração de Karina Trevizan)