A produtora conta com cerca de 500 locutores, brasileiros e estrangeiros, que fazem narrações somente em suas línguas nativas. O cliente pode ouvir as vozes no site da empresa e escolher o mais adequado para o trabalho. A maioria dos locutores ainda não "estreou", mas Fernando ressalta que a demanda por trabalhos em outras línguas vêm crescendo. "Depois da crise de 2008, o Brasil passou a fechar muitos acordos com a China e com os Emirados Árabes", conta.
A Produlz também faz adaptação cultural de vídeos e áudios. Fernando gosta de contar o caso de um cliente brasileiro que gravou um vídeo para uma apresentação na Rússia. Ele pediu ajuda a um ucraniano que falava russo. "Ele perdeu o negócio", afirma Fernando. "A Ucrânia tem uma richa comercial com a Rússia, e os russos podem ter encarado aquele sotaque como uma afronta". Um ano mais tarde, o mesmo cliente precisou voltar à Rússia mas, desta vez, pediu um locutor russo da Produlz para refazer o vídeo. A empresa também faz gravações de comandos para GPS.
A empresa surgiu em 2005, mas se tornou conhecida depois que colocou no ar, durante a Copa do Mundo de 2010, seu vídeo mais famoso: Cala a Boca Galvão. "Consegui passar os valores da empresa por meio de uma brincadeira", conta. Foi ele quem montou o roteiro: "Reuni tudo que estava sendo falado no Twitter e aproveitei para promover a empresa". A Produlz contabiliza que a façanha tenha quintuplicado o número de clientes da empresa. Fernando também produziu um documentário, narrado em inglês, sobre o ET Bilu (o suposto alienígena da cidade de Corguinho-MS).
(Com colaboração de Karina Trevizan)