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Como é o trabalho de uma gemóloga

Jane Gama é gemóloga desde 1995. Seu trabalho é estudar e avaliar gemas preciosas. Jane administra um laboratório especializado em calcular o valor de joias no Sindicato da Indústria de Joalheria, Bijuteria e Lapidação de Gemas do Estado de São Paulo (Sindijoias).

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Por Redação
Atualização:
 Foto: Estadão

Jane já vem de uma família que trabalhava no setor de bijuterias. Isso fez com que ela conhecesse o estudo de gemas ainda jovem. Durante a década de 90, ela estudou no Gemological Institute of America, na Califórnia. A gemóloga estima que cerca de 400 brasileiros tenham se formado na instituição, mas que poucos realmente trabalhem como avaliadores. "Muitas pessoas que estudam lá são empreendedores ou profissionais da produção de joias", diz. "Dá para contar nos dedos os especialistas que trabalham em laboratórios com avaliação".

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Os serviços de Jane são requisitados, principalmente, por pessoas que precisam repartir heranças. A avaliadora conta que, em geral, a joia usada perde quase todo o valor: "Praticamente, só fica o valor do metal e das gemas", explica. "Na primeira venda, quando a joia é nova, o preço é muito alto por causa da carga de impostos".

É comum também que clientes apareçam com joias falsas para avaliação. E todos tomam um susto com a revelação. Jane conta que costumam ser relíquias de família guardadas desde épocas de guerra. "Nestes períodos, era comum o uso de vidro e materiais sintéticos". De acordo com a especialista, não é possível saber se uma pedra é falsa apenas com uma observação a olho nu. "É preciso passar por todos os testes de laboratório e conferir qual é o tipo de gema, para depois calcular seu valor de mercado."

Dependendo da quantidade de joias que precisam ser avaliadas, a consulta pode demorar bastante tempo. Por isso, Jane cobra por hora. O intervalo de 60 minutos - suficiente para examinar 10 joias simples - custa R$ 120. É preciso agendar horário.

Serviço: Sindijoias Av. Paulista, 688, 17º andar, 3016-5850

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(Com colaboração de Míriam Castro e foto de Marcio Fernandes/AE)

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