Depois que os cartões ficam prontos, Luiz ainda rubrica todos eles e cria mensagens diferentes. Para os amigos corintianos, por exemplo, o designer, que é palmeirense, escreveu este ano: "Parabéns, campeão". Luiz gasta dois ou três dias escrevendo as mensagens. "Às vezes faço à noite, ou até de madrugada."
Ele manda a maior parte dos cartões pelo correio, com direito ao selo natalino do ano. Para ele, a história de que cartões de Natal estão fora de moda é pura conversa. "Muita gente fala que não recebe mais cartões, só o meu", diz. "Às vezes até me ligam pra cobrar. Tenho prazer em fazer isso. Fico muito feliz quando as pessoas ligam para me contar que colocaram o cartão na árvore de Natal."
Luiz também é colecionador de presépios desde 1991. Sua coleção conta com cerca de 160 conjuntos, dos mais variados materiais e origens. "Tenho um montado com pregos, engrenagens e arruelas", conta.
Quem inventou o cartão de Natal? O cartão de Natal foi inventado em 1843 por Sir Henry Cole, que foi diretor do British Museum of London. Percebendo que não teria tempo de escrever mensagens de Natal à mão para todos os seus conhecidos, pediu ajuda ao artista plástico John Callicot Horsley. Ele dividiu um cartão em três partes e, no centro, desenhou uma família reunida e crianças pobres ganhando roupas e comida. Foram impressas 100 cópias em litografia, e, então, o artista coloriu uma a uma à mão. Cole enviou uma parte pelo correio e vendeu os cartões que sobraram.
(Com colaboração de Karina Trevizan)