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Com colaboração de cineastas, Marina Silva propõe novo modelo de propaganda política

Por Cristina Padiglione
Atualização:

A Rede, partido de Marina Silva, tem recebido franco apoio de cineastas que sugerem novos modelos de se fazer propaganda política audiovisual.

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O primeiro resultado de uma série de sugestões que já se acumulam desde a campanha eleitoral de 2014 entra no ar na noite desta terça, com uma edição de dez minutos extraída de quatro horas de conversas entre membros do partido e 50 alunos do ensino médio fazendo-lhes perguntas. Segundo a produção do filme, ao qual este blog teve acesso antecipadamente, as questões não foram de modo algum previamente combinadas.

A edição que entra no ar nesta terça, nos intervalos dos noticiários, no espaço da propaganda partidária da TV aberta, nasceu de uma intensa troca de e-mails entre um grupo de profissionais que inclui os cineastas Fernando Meirelles e Tadeu Jungle, mais Bazileu Margarido, Antonio (Toinho) Alves, Maristela Lobo e Andrea Gouveia Vieira, com produção da engajada produtora Maria Farinha Filmes e arte do coletivo Bijari. A trilha é da Voices. Todos trabalharam por custos mínimos, dentro de um orçamento anunciado de R$ 189 mil, do fundo partidário da Rede.

O filme informa que nenhum dos alunos é ligado à Rede. A direção é de Gisela Morreau e Rafael Poço, ambos da executiva da Rede.

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Na edição que vai ao ar, a primeira pergunta respondida por Marina é sobre o governo atual. "A nossa avaliação é de que esse governo cometeu erros que estão causando um prejuízo enorme à população brasileira. É o atraso da política que faz com que alguém comprometa o futuro de uma nação por causa de uma eleição. É o atraso na política que faz com que alguém entre para o governo com projeto de poder mas não com um projeto de país."

O filme procura se apresentar como plataforma aberta ao debate, espaço para jovens e mulheres, "gente consciente, e não cabo eleitoral", fugindo do ranço que se tornou a propaganda política na TV. Nem por isso é sinônimo de paz & amor. Em meio ao tom conversado e não discursado, a tela estampa gráficos que afagam o descontentamento do eleitor com o momento atual, mensurando o tamanho da inflação e do desemprego, por exemplo.

Ainda em 2014, Fernando Meirelles se manifestou favorável a Marina Silva e até cogitou ajudar o partido na produção audiovisual, mas estava envolvido com a realização da série Felizes Para Sempre?, coprodução da O2 Filmes, sua produtora, com a Globo.

 

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