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Os bons lançamentos da música nacional neste começo de ano

Emicida, Anelis Assumpção, Armada, Régis Martins & Cia Fantasma e BaianaSystem mostram que 2018 promete

Por Alexandre Ferraz Bazzan
Atualização:

A vida devia ter a alegria das pessoas durante um show do BaianaSystem. ALIÁS, eles tocam neste sábado em São Paulo, na av. 23 de Maio, e a concentração começa ao meio-dia). Não basta ser a melhor banda brasileira da atualidade, eles apelaram. Antes do carnaval, os baianos se juntaram com uma das maiores bandas da história deste País, a Nação Zumbi. Da parceria surgiu a música Alfazema:

O anúncio de que Kendrick Lamar cuidaria da trilha sonora do filme Pantera Negra fundiu a cabeça de muita gente. Como é que esse cara consegue fazer tanta coisa? Será que ele não dorme? O que ninguém imaginava é que Emicida faria sua própria homenagem ao herói da Marvel.

Bem, talvez a música não seja uma surpresa tão grande. O rapper sempre teve uma ligação muito forte com os quadrinhos e até pensou em ser cartunista antes de começar a fazer rimas.

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Agora para uma coisa menos grandiosa, mas não menos ambiciosa. Após fazer um bom disco com a Motormama no ano passado, o nosso Jack White dos pobres, ou só nosso Jack White para evitar a redundância, Régis Martins tira a poeira de seu outro projeto, a Cia Fantasma. O single Bem-vindo Irmão Caveira vem acompanhado do lado b Sacramento. Você pode ouvir as duas aqui. O trabalho foi feito agora no começo do ano, quase ao vivo, no estúdio Antro Home, em Ribeirão Preto. A Cia Fantasma, além de Régis(vocal, violão e guitarra), é Gisele Z(vocal e theremin) e Alessandro Perê(teclados) e para a gravação eles contaram com Teco Tezzon na bateria. Eles também tocam em São Paulo no sábado, às 20h, na Sensorial Discos da rua Augusta.

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Capa feita por Marco 'PXE' Caleffi Foto: Estadão

Depois de anos na estrada, a banda punk Blind Pigs acabou, mas não demorou para que a maior parte dos integrantes voltasse a se juntar para um novo projeto. Henrike Baliú, Mauro Tracco, Alexandre Galindo e Arnaldo Rogano convocaram Ricardo Galano para formar a Armada. O disco Bandeira Negra traz a parceria inusitada com o cantor, ator e agora deputado, Sérgio Reis, mas esse, por incrível que pareça, não é o ponto alto. O álbum faz uma bela homenagem à seleção brasileira em 1982 e uma declaração de amor muito bonita a São Paulo, mas principalmente a Paola Zambianchi, mulher do vocalista Henrike, em Lisboa. A banda ainda critica o momento atual da política no Brasil, o genocídio indígena e as igrejas. As 17 faixas são como um grito entalado na garganta, às vezes um desabafo de amor e saudade, outras um punho no alto de indignação.

Anelis Assumpção coloca fim a um hiato de quase quatro anos com o disco Taurina. Nesse tempo, a herdeira de Itamar fez shows em homenagem a Paulo Vanzolini, Clara Nunes e Peter Tosh, e também cantou no disco da irmã Serena, que se foi cedo demais após lutar contra um câncer. O álbum ainda tem a participação de grandes nomes da música atual, como Céu, Liniker, Thalma de Freitas e Tulipa Ruiz e já é candidato a entrar nas listas de melhores de 2018 ao fim do ano.

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