Um laudo assinado por dois veterinários e uma bióloga do Zoológico de São Paulo - após vistoria feita no dia 1º no espaço da Bienal onde está a obra Bandeira Branca - constatou que os urubus que integravam a instalação não estavam sofrendo maus-tratos. A vistoria foi acompanhada pelo promotor do Meio Ambiente Marcos Lúcio Barreto, que averiguava denúncia feita ao Ministério Público (MP) de que as aves estavam sofrendo maus-tratos. A acusação partiu de uma organização internacional de proteção animal.
No documento, os especialistas do zoológico constataram que as aves apresentavam comportamento normal para a espécie realizando "autolimpeza" ou ficando em "posição de descanso". E que as caixas de som que integram a obra, no momento da visita, apresentavam volume moderado.
Espaço suficiente
"Obras adjacentes a esta, porém, emitiam sons de volume moderado a alto. Aparentemente, as aves não apresentavam sinais de estresse relacionados ao som", escreveram. Eles também consideraram que a área total da exposição, de 2.500 metros quadrados era espaço mais do que suficiente para manter os três exemplares da espécie.
A única observação do grupo foi em relação a falta de incidência de raios solares por se tratar de local fechado. Eles anotaram que, diante disso, deveriam ser usadas lâmpadas de emissão de raios UVA e UVB 5.0 (próprias para aves) pois os urubus, até então, ficariam de 25 de setembro até 12 de dezembro no local.