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Literatura e mercado editorial

Na Bienal do Livro, ministro da Educação fala sobre leitura e suspensão de compra de obras para escolas

Aberta nesta sexta-feira, 26, Bienal espera receber 700 mil pessoas até 4 de setembro; Mendonça Filho falou com exclusividade ao 'Estado'

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Atualização:

Convidado para a abertura da 24ª Bienal do Livro de São Paulo, o ministro da Educação Mendonça Filho preferiu não falar durante a cerimônia, que contou com Maria Bethânia intercalando, em sua apresentação, música e poemas, além dos tradicionais discursos. Dali, ele circulou pela feira e respondeu, com exclusividade, a três perguntas do Estado.

O ministro Mendonça Filho com Luiz Antonio Torelli (esq.), presidente da CBL, e Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc (Divulgação) Foto: Estadão

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Como transformar o Brasil no tão falado país de leitores? Precisamos começar cedo, da base. E aí há de se ter um ambiente escolar e familiar que estimule a leitura. A cultura de ler tem que ser cada vez mais difundida e estimulada com bibliotecas e espaços de leitura dentro do ambiente escolar também. Fora os outros espaços e outras mídias, porque cada vez mais assistimos a uma digitalização do mundo. O jovem, hoje, está muito mais afeito ao celular e à condição de leitura a partir de outros equipamentos que só o livro tradicional. A indústria do livro no Brasil acompanha essa tendência e o Ministério da Educação vai buscar casar cada vez mais sinergia para que a gente possa estimular a leitura no Brasil.

O Ministério da Educação tem algum projeto nesse sentido, pretende retomar algo que já era feito? Temos projetos que estimulam, incentivam e buscam valorizar a leitura nas escolas, via bibliotecas escolares e espaços de leitura nas escolas e já marquei com o ministro da Cultura, Marcelo Calero, uma agenda próxima onde vamos ter a oportunidade de discutir iniciativas conjuntas para que a gente estimule ainda mais a abertura de bibliotecas nas escolas e salas de leitura que estimulem a leitura no Brasil.

Podemos esperar uma retomada dos programas de compra de livro para as bibliotecas, que foram suspensos recentemente? O quadro geral de crise, de dificuldade orçamentária como um todo, afetou diretamente o orçamento do Ministério da Educação, mas o FNDE terá sempre como meta e preocupação não só o livro didático, mas também o estímulo de aquisição de livros para bibliotecas escolares dentro desse programa de estímulo à leitura. Não posso precisar agora, nesse instante, como ficará a política, mas ela será sempre de valorização da leitura e de estímulo à aquisição de livros não só didáticos, mas livros, também, com uma visão mais abrangente.

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