Queridinha dos leitores, por causa dos preços, e temida por editores e livreiros, também por causa dos preços, a Amazon lançou nesta quinta-feira, 4, mais um serviço que deve fortalecer sua plataforma de autopublicação - a Kindle Direct Publishing - e distanciá-la ainda mais dos concorrentes.
Agora, autores de livros infantis e juvenis, ilustrados ou não, poderão publicar suas obras pela KDP Kids, vendê-las no formato digital para qualquer pessoa do mundo que use um Kindle ou seus aplicativos e ganhar até 70% de direitos autorais.
Para publicar o livro, basta fazer o download do programa Kindle Kids' Book Creator, também lançado agora. É possível fazer livros ilustrados importando imagens e livros só de texto, em capítulos, além da capa. O autor pode indicar a faixa etária a que a obra se destina.
A autopublicação tem sido uma boa alternativa para quem quer publicar um livro, mas não consegue fazê-lo por uma editora tradicional. E também para aqueles que querem ter o controle de todo o processo.
Ao mesmo tempo concorrente de editoras e vitrine para a descoberta de novos autores, a Amazon não é a única empresa a investir na autopublicação, mas alguns de seus autores têm se destacado. Foi o que aconteceu com o americano Hugh Howes, que veio ao Brasil na semana passada lançar, pela Intrínseca, Silo, publicado, antes, em e-book. A obra já foi comprada por editoras tradicionais em 32 países e vendeu cerca de 2,5 milhões de exemplares.
Há bons exemplos aqui também, como o da dentista de Niterói F M Pepper. Ela foi aos Estados Unidos aprender como lançar, sozinha, seu livro e que depois de certo sucesso fechou acordo para editar, em papel, pela Valentina, sua trilogia. Os dois foram personagens de uma matéria que publicamos sobre o assunto durante a Bienal do Livro de São Paulo, que terminou no domingo passado.